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By Ferramentas Blog

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Só um poema

Este poema
é um sussurro
quase um lamento
tristes versos inventivos
de uma saudade distante
e o amor tão presente
ainda embrulhado
num pacote dourado
com fitas vermelhas
que não se abre...

Este poema
é uma aventura
dissipando a rua
que olhas da janela
brilhos irisados -
vem do sol
rei majestoso
que cede ao teu encanto
rei menino-homem
que sorri malicioso...

Este poema
é um pensamento
desses que a gente
nem sabe que foi pensado
vagueia solto pela cabeça
entre amores perdidos
amarguras, inocências
entre paixões vividas
saudades sentidas
e se refaz todo dia...

Este poema
é tudo
é nada
é palavra
é silêncio
é grito
é mudez
é agua
é fogo
é sim
é não
é um
é outro...

mas é só um poema
desses que a gente escreve
por escrever -

domingo, 14 de agosto de 2011

Carta de Amor

Quando abri os olhos
ele estava bem ali
a me olhar
sorridente..
tinha paciência
em me esperar
e me amava
com tanta intensidade
amor que ficou
duradouro
eterno em mim
sinto saudade às vezes
e sorrio
porque essa saudade
é verdadeira
e me traz de volta
a infância
que ele me deu
com tanto carinho
e amor genuino
amor de Pai
amor que não se esquece
e para sempre
permanece
E no dia em que
a gente se separar
se eu chorar
não te preocupes
são lágrimas que
vão molhar a saudade
que o teu vazio
vai deixar
marcando o caminho
pra um dia a gente se encontrar!

domingo, 7 de agosto de 2011

Dessa solidão


Saí do teu passado
com o coração sangrando
as pétalas ficaram pelo chão
manchando de carmim
minha saudade
Agora me sinto perdida
no meio de toda essa gente
que me diz pra te esquecer
e como?
Eles não param de falar teu nome
Teu nome
ficou ecoando no meu coração
pululando em mil lembranças
profusão de sentimentos
que não sabem para onde vão
tão perdidos ficaram sem ti
E amanhã quando eu acordar
e não estiveres mais ali
do meu lado
acariciando meus cabelos
não quero olhar para o lado
e não te sentir
E se eu dormir demais
não me acordem
nos meus sonhos
vivo a fantasia que quero
acalentada por essa utopia
de ser tua outra vez.

domingo, 29 de maio de 2011

O teu nome

Na amurada
do navio que zarpou
meu coração tão distante
em pedaços mil
num deles o teu nome
noutros pedaços
nomes outros que amei
mesmo sem o saber
e em todos esses nomes
te encontro
ainda a me olhar
vadio em noite clara
o uivo me alcança
na amurada do navio
entre as estrelas
que cintilam
refletidas na imensidão
escura do infinito mar
teu nome
me olha profundo
e me diz coisas
coisas que ainda gosto
gosto de ouvir sussurradas
e ainda palpita
meu coração
em pedaços mil
com teu nome
gravado neles.

sábado, 14 de maio de 2011

Bolsas, sentimentos e bugigangas

Quando escrevi "Pedras na bolsa", um poema intertextual com o querido poeta Drummond, não tinha percebido, quantas coisas se pode levar dentro de nossas bolsas, bolsas femininas que carregam às vezes um mundo inteiro lá dentro.
 Penso em muitas coisas para se por dentro da bolsa, que não apenas pedras, e que cada um dê o sentido que mais lhe agradar, podem ser aquelas de aquário, para enfeitar um vaso como decoração, ou uma pedrinha que a gente encontra pelo caminho, tanto faz, o importante é que tudo o que a gente carrega nas nossas bolsas não se tornem pesadas demais, e que a gente não precise descartá-las em uma esquina qualquer.
Nas minhas bolsas, tenhos muitas coisas, como toda mulher, carrego emoções, sentimentos, vaidades, saudades, e muitas bugigangas que, para um homem mortal, não tem a menor importância, mas elas estão lá dentro dançando a música que toca e as embala.
Carrego um espelho, por que sou reflexo de mim  mesma, não dos outros, talvez um pouquinho, mas, gosto de me olhar e me redescobrir todo dia. Eu me encontro ali e posso dialogar comigo mesma, e quanto papo legal a gente já teve.
Batom, esse não pode faltar nunca, de muitas cores, para que eu possa trocá-las sempre que tiver vontade, muitas vezes ao dia se assim eu quiser, porque sou sempre movimento e cor.
Tenho também uma escova de cabelos, mas não uso muito, gosto de estar com os cabelos ao vento, sentindo a brisa despenteando-os, deixando-os livres, em puro movimento.
Algumas canetas e bloco, assim quando vem aquela inspiração e estou longe dos teclados, vou me divertindo enchendo as folhas brancas com pensamentos coloridos.
O celular, quem sabe uma ligação que a gente não estava esperando nos desperta e chama para uma aventura, ou para uma saudade, ou só uma cervejinha com as amigas.
Os meus óculos de leitura, o tempo me obriga a usá-los, mas pensem pelo lado positivo, se não fossem eles, quantas maravilhas eu deixaria de sentir, de curtir, de viver.
Tem também aquelas bugigangas que não servem pra nada, ou servem, a gente é que ainda não descobriu para quê, uma balinha, um pedaço de papel velho, dois grampos de cabelo, um lápis de olho sem ponta, e sabe-se mais o que nós, mulheres, somos capazes de carregar.
Mas, o que mais gosto de carregar nas minhas bolsas são as minhas emoções, essas vivências que a gente pratica todo dia, nossas amizades, aquelas de anos, e que faz um tempão que não vemos, as amizades novas que chegam e vão se instalando de mansinho nas nossas vidas, que valor tem esses momentos, tem que estar ali, sempre juntinho de nós. As lembranças, a foto da mãe, do pai, dos nossos filhos, dos amigos e das amigas, aquelas lembranças que estão apenas na memória, de momentos que marcaram para sempre nossas recordações. Gosto desses sentimentos, gosto de estar junto e sozinha também, gosto de pensar antes de falar, e de falar sem pensar, tagarelando mesmo, de dar muita risada, e de chorar vendo um filme romântico, de ir à praia num dia de calor, de ficar em casa curtindo a família, ir ao cinema, passear de mãos dadas no fim da tarde, na orla da lagoa, vendo o sol se por lentamente, curtir cada momento que a vida nos oferece e que às vezes com a correria do dia a gente nem percebe, pegar todos esses momentos e deixá-los sempre comigo, assim sempre que me sentir sozinha, tenho ali, dentro da minha bolsa, um mundo inteiro de sensações, que com certeza vão me acompanhar aonde eu for...

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Desejos...

Eu desejo
a nudez da tua pele
tocando a minha
a mão macia
sabe cada pedaço meu
e de olhos fechados
sei cada pedaço teu
a seda macia dos lençóis
se reveste de nós dois
e se te chegas assim, mais perto...
mais me abro em prazer
fruição de nós dois
entre lençóis de sedução
num vai e vem
carne à carne
meu íntimo te deseja
teu cheiro fica em mim
pulsando paixão
anoitece e amanhece
e sem segredo nenhum
nos tatuamos
e ficamos assim
por todas as horas
que o tempo para.

domingo, 8 de maio de 2011

Efêmero

As tuas palavras
Saíram sem pensar
Eu sei
Ninguém diz adeus
Assim
Sem olhar nos olhos
Esse adeus não é meu
Nem teu
Ainda ouço teus passos
Na escada descendo devagar
Por que não corri
E te chamei mais uma vez
Mais uma vez
Essa dor vai se curar
Vai chorar por dias
Mas vai passar
Já mudei a chave da porta
Desplantei as nossas flores
Troquei nossos lençóis
A mesa do café
Está posta para um
E pus uma cortina
Na janela desnuda
Não olho mais a rua
Com esperança no olhar
Amanhã vou trabalhar
E se o sol brilhar
Ou a chuva molhar
Vou deixar a saudade
Virar uma lembrança
Que um dia
Eu vou contar
Para meu filhos...

sábado, 7 de maio de 2011

Talvez...

Talvez à noite
eu ainda te espere
o coração espiando pela janela

Talvez a lua venha pratear
essa longa espera
iluminando o teu caminho

Talvez a lua me traga teu perfume...

Talvez eu ainda te espere pela manhã...



quinta-feira, 5 de maio de 2011

Na saudade de ontem

Eu nasci nua
num dia quente
de quase verão.
O jardim
que eu olhava
da janela do meu quarto
estava repleto de margaridas
amarelo-douradas.
Um raio de sol
invadiu o quarto
e eu fechei os olhos...
Minha mãe
me segurou no colo
e cantarolando, disse:
Veja, que lindo, é o Sol!
E lá, no jardim
as margaridas amarelas...
de braços abertos
te saúdam.
Agora, vai, disse ela:
Vai ser feliz!
Ainda acho
que minha mãe era um anjo
não um anjo torto
que vive nas sombras
Anjo com A maiúsculo
cheio de luz dourada
que ainda reflete
e que, de quando em vez
quando fecho os olhos
a ouço cantarolar:
Vai ser feliz!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Solidão

O universo me impõe seu magnetismo
eu fico do lado de cá
olhando a tudo que gira
parada num espaço
sem cor
Estou triste
é uma tristeza insistente
que me olha de soslaio
sem coragem de me encarar
e eu nem assim
consigo fugir
Estou triste
e nem sei por que
medito
penso
ensimesmada
dentro de mim
não mais me encontro
O espelho não me reflete
está tão opaco
e eu me sinto
transparente
ninguém me vê
nem me sente
se pelo menos eu fosse
ventania
Nessa solitude
um sorriso
me chega devagar
anunciando um amanhã
mais primaveril
com flores no jardim
trazendo a alegria
de volta pra mim.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Em suspenso

Fitou o horizonte
Com olhos esguios
Pensando estar só
Sorriu

Deixou o ar sair devagar
Num suspiro profundo
Emanou-se do futuro
Que olhava íntimo

O pensamento
Sentindo-se sozinho
Chamou o amor
Para conversar

Nessa busca
As lembranças do futuro
Estão bem ali
Imanentes um do outro

Olha o futuro
E o horizonte
O pensamento
Tropeça
Nessas lembranças
E volta os olhos
Controversos
Pro seu presente

Tropeça na vida
Levanta e vai
Vai em busca
De si
E se descobre
Outra vez
Toda vez.





quarta-feira, 20 de abril de 2011

Essências

Acordo todo dia
essência
de mim
impregnada
de porquês...

E se o dia vem
solto e leve
desprendido
de quês
eu impregnada
de mim
não me olho no espelho...

É o reflexo
que ele reflete
não sei de quem
está lá
sedento à beira do poço
a olhar
reflexo na água
cego em essências...

Não sintas mais essas essências
pensa o coração
sozinho
impregnado
num ocaso
resta o nada...

O espelho está lá
medos
sons
metáforas
dialogando
e eu só
espectadora
me restam o aplauso
ou a vaia...

A linha fica tênue
quase rompe
se segura
na esperança última
impulso que pulsa
ainda
ainda há essências
que evolam
não sei de onde
e do sonho
acordo...

Acordo todo dia
essência
de mim
impregnada
de amanhãs...

domingo, 17 de abril de 2011

Poetrixando


É assim que te amo

Te escrevi em outra língua
só para te aprender
... bem devagarinho!
*************************

Sinto que...

Hoje não quero te encontrar
quero a saudade
de poder te desejar!
*************************

Sinestesias

Tua boca carmim
Meu corpo jasmim
Nosso amor enfim

sábado, 16 de abril de 2011



O amor do poeta


Sabia que aquele amor era verdadeiro
O poeta o escreveu
Com cores tão suaves
E o brilho das nuances invadiram espaços
E lugares que estavam escondidos
Foram mostrando-se
Envolvidos apenas em puras sedas
Transparentemente coloridas
Deixando a pele nua
Transparecer
E foi o poeta escrevendo
Cada verso mais
Fremente
E mesmo trêmulo pela emoção
Fazia do amor
Sua mais linda poesia.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Palavras ...

 Era assim, só vestia palavras, e não se importava com os comentários invejosos, as palavras lhe caiam bem.

 Gostava mesmo quando o poeta a escrevia. Sabia contornar suas curvas e retas. A palavra viajava o mundo com sua sensibilidade e gostava disso...

 Ficou imprensado entre as palavras do poeta. Depois que escreveu fechou depressa o bloco e deixou a dor lá dentro.

 Não podia mais esperar pelo poeta, resolveu ela mesma se escrever e não é que deu poesia...

 A palavra estava no alto do prédio, ia mesmo pular, mas se enganchou no rabicho do cedilha, ficou lá balançando, até q o poeta a resgatou. 

Tirei umas palavras do baú. Amarrotadas, se espreguiçaram e logo logo já estavam por aí em tantos pensamentos, e eu, feliz.

Tá vendo as palavras irem embora? Corre, vai atrás delas, e as convida para ficarem assim bem juntinhos, quem sabe a gente não faz uma poesia?

Escrevo por que as palavras pulam demais e não conseguem ficar só no pensamento.

Quando perco as palavras nas esquinas vazias e penso e nada vem ao meu encontro, só minhas lágrimas mancham o papel.


Escrever é se libertar, é se aventurar por linhas que estão ali esperando pra ganhar vida, e sair pelo mundo, certo ou torto, tanto faz..

O que o Poeta não sabia é que era verdade as mentiras que contava com palavras tristes e melancólicas

Se alguém achar as minhas palavras por aí, por favor, manda pro meu email, elas se perderam de mim...

quinta-feira, 14 de abril de 2011


Ainda não parei para pensar
nessas coisas que antecedem o amanhã
Nem quero parar
meus pés
não foram feitos para ficar parados
pensando nisso ou naquilo
meus pés foram feitos
para andar pelas estradas da felicidade
para dançar ao som de violinos
para acolher as flores que respiram sonhos
meus pés são assim
vivem em intensidade
cada momento
cada dia que chega com o sol da manhã
não querem pensar demais
querem apenas viver
e amar
e dançar
e correr
e ficar assim descalços
sentindo a natureza
beijá-los todo dia.

domingo, 13 de março de 2011

Ainda MULHER


óleo s/tela
VNey

Ainda MULHER

Desde menina ainda lá no quentinho
dos braços abraçados
braços que embalavam sonhos sem fim...
Já menina sabia
que a vida era feminina
e a menina era MULHER
E dos sonhos pequenina
lembra da sensação sorriso
que ia e vinha balanço no jardim
De fadas e princesas
um castelo encantado
um sonho sonhado
um amor...
Um amor só seu!
E a menina-MULHER
vai se vendo transformar
fascínio na carne a modelar
curvas que não estavam lá.
E venturas viveu
e o amor só seu teve também.
Menina-MULHER
que respira emoções
no dorso das ruas nuas
vive cada amor só seu.
Ainda MULHER-menina
inventa seu futuro
e vive seu presente
na sua plenitude
e cada minuto que passa 
com seu íntimo
desejo de ser ainda MULHER.
Mulher mãe
Mulher irmã
Mulher amiga
Mulher profissional
Mulher que ama
Mulher que passa
Mulher que transpassa
Mulher Mulher...

terça-feira, 8 de março de 2011

Pensando bem...



Tudo de novo, outra vez
E um pouco mais...



A gente passa pela vida às vezes devagar, às vezes depressa demais, às vezes com muito brilho, às vezes sem ser notada, às vezes...
Eu sei que eu ainda to passando, curtindo o máximo que posso cada momento, cada movimento, cada pouco de tudo.



Dizem, não sei se é verdade, que depois que a gente morre vai pro céu ou pro inferno. Não conheço nenhum dos dois, ou pelo menos não me lembro.
Mas, falam numa tal de reencarnação, e que a gente passa por todos os estágios, humano, bicho, vegetal... Sei lá, não sei se acredito.



O que eu sei é que não quero perder minhas lembranças, minhas memórias, minhas saudades. Eu realmente curto tudo isso. Eu quero viver tudo isso. Não importa se for só uma vez, desde que seja completa e intensa.

Então, eu tive pensando...



Se um dia eu tiver que voltar de lá do Paraíso, acho que eu vou pra lá, apesar de parecer meio chato, tudo muito calmo, sem nenhum stress pra te agitar, a vida passando devagar, todo dia sempre muito igual, e essas coisas que dizem por aí...

Se eu tiver que voltar, quero voltar Mulher, e fazer tudo de novo, amar sem ter vergonha de assumir que to apaixonada, brincar com coisas de “menino”, ainda me lembro, subir em árvore, jogar bola, bolinha de gude, e ainda posso pular corda, bambolê e... nem vou escrever tudo aqui, cada um que lembre suas brincadeiras.



Ah! Pintar as unhas em casa pra poupar uns trocados e depois beber cerveja com as amigas, colocar um vestido e me sentir deslumbrante, comprar um par de sapatos, um não, muitos sapatos vermelhos, tá eu compro um preto de vez em quando, mas ainda prefiro os coloridos, principalmente os vermelhos...



Quero usar batom, perfume, menstruar, é meio chato, mas faz parte, ter filhos, sentir eles se formando lá dentro, aos pouquinhos, aquele chutezinho que te acorda no meio da noite, ou lá no trabalho e aí todo mundo vem acariciar tua barriga, só pra sentir também.



E se vai ser devagar, depressa demais, com muito brilho ou sem ser notada? Não importa, desde que seja completa e intensa. Desde que eu seja Mulher e que possa curtir tudo de novo, outra vez e um pouco mais...













sábado, 5 de março de 2011

Sentimentos



Ilustração VNeyI
A menina sorria de mãos dadas com a mãe. Ao se despedir a mãe a beijou ternamente.Seus olhos atentos percorriam todos os espaços da escola. Os da mãe molharam-se de saudades.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

DIAS ATRÁS





Arrancaram os trilhos do trem.
Os mesmos trilhos, onde ainda ontem eu brinquei.
E neles eu me equilibrava de olhos fechados
só pra vida passar mais devagar...
Arrancaram os trilhos do trem,
e junto, um pedaço meu.
As paralelas linhas sem fim
aonde caminhavam meus sonhos
e nessas linhas podia me imaginar...
- cada dia diferente -
Para onde?
Onde estão agora os meus trilhos?
Onde foram parar minhas pegadas?
Com elas deixei tantas lembranças...
... de uma juventude perdida no tempo
e que nas paralelas não puderam voltar.
Os amigos - como riam...
Num vai e vem bucólico
vida simples e sossegada
tardes de domingo
de mãos dadas.
Arrancaram os trilhos do trem.
Não deixaram nada no lugar.
Levaram nossas lembranças.
E nossos caminhos.
Dormentes.
E nesse descompasso espectral
figuras sem matiz alguma
às vezes me chamam para sonhar...
E elas se enchem de cores
e voltam meus sonhos
e as risadas de domingo
Ouvindo o apito do trem.




sábado, 19 de fevereiro de 2011




SERÁ...





Será...
que da vida nada levarei
sem ter vivido um dia apenas
com o teu amor?


Será...
que verei o mar novamente
sorrirei ao poente
ao lado teu?


Será...
que o ano novo que brindo
me traz de novo alegria
de estar junto a ti?


Será...
que essa tristeza insana
vai-se de minha alma
por não saber onde estás?


Será...
mais um dia sozinha
sonhando acordada
com os carinhos teus?


Será...
que serei feliz novamente
olhando a lua no céu
te amarei diferente?


Será...
que beijando em pensamento
chego ao firmamento
e acerto teu coração?


Será...
que escrevendo ao vento
as palavras te encontrem
e voltas pra perto de mim?


Será...
que amei de verdade
ou foi pura vontade
de sentir tanta saudade?





sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A última sonata




A última sonata


Véus coloridos cobriam os rostos das mulheres da vila. Todas por baixo do véu levavam no coração uma lágrima insistente que caia lúgubre. Todas musas do grande poeta, que cedo fora encantar outros céus, com seus cantos. Cada véu trazia um sentimento, uma lembrança, uma vontade de estar novamente nas letras sedutoras que deslizavam em matizes nas folhas brancas.

O véu negro trazia a alegria de ser lembrada entre tantos outros véus que cobriam rostos mais jovens. Em azul-turquesa uma saudade que jamais iria abrandar. Um verde mar que varria a areia da praia em ondas sinuantes. Rosa cor da pureza que fora desvirginada nos sentimentos libidinosos. Um perfume lilás invadia suavemente narinas masculinas. Em amarelo uma dor infinita que dourara tantos poemas. Alarajando o dia feito pôr-do-sol sofria por baixo do véu outro rosto triste. E, em vermelho, a despedida suave de quem foi musa, de quem um dia foi rainha de desejos. Tantos véus coloridos.

O poeta pintou as mulheres da vila, desnudou e adornou com cores do arco-íris, enfeitando sua nudez com pérolas que exalavam perfume das flores. Só o poeta sabia as mulheres assim, só o poeta sentia as mulheres assim, só o poeta podia as mulheres assim. Minuciosamente percorria cada musa, sempre única, acariciando e alimentando seus sonhos mais íntimos. Sabia o poeta cada segredo, até os não contados, apenas suspirados em seus devaneios inspirados pela paixão.

O poeta da vila sucumbiu aos desejos mais sublimes dos véus coloridos que cobriam olhares transcendentes, olhares que se evolavam muito depois de apagar a luz. O poeta da vila deixou cedo demais os perfumes que emanavam em todas as esquinas suas nuances. O poeta da vila deixou um gosto doce de lembrança e saudade. O poeta da vila ouviu o lamento silencioso de cada véu colorido. O poeta da vila escreveu seu último poema, e uma linda canção ouviu-se por todo lado, e o céu encheu-se de cores, e o perfume das flores foi sentido em cada pétala, e em cada sentimento uma emoção transbordava diferente.

E assim o poeta da vila partiu levando consigo tantos véus quanto amou.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Que mais eu poderia dizer...


que mais eu poderia dizer
anoiteceu tão rápido
as estrelas fizeram companhia
a lua, tão solitária
sua face prateada sorria
pra disfarçar sua tristeza


que mais eu poderia dizer
se o sol beija o mar
na despedida do dia
e o deixa ali
com suas rendas brancas
varrendo a areia


que mais eu poderia dizer
se as nuvens se pintam de cores
de cinza, azul ou vermelho
colorindo as vidas lá embaixo
que suspiram ao anoitecer


que mais eu poderia dizer
se a paixão é efêmera
e logo se acostuma
com a foto do porta-retratos
que é só moldura


que mais eu poderia dizer
pra que a tristeza não invada
meu corpo depois do amor
e me deixe dormir um sonho bom

eu poderia dizer
que te amo
que a lua é mágica
que o sol me aquece
o mar me refresca
as nuvens são de algodão
a paixão tão bom sentir
e que se estou contigo
não há lugar pra tristeza!


Anoiteceu, tava na cara, aquele sorriso era falso, ele tinha traido de novo, pela última vez, um som surdo escapou do 22.

Ainda sobre nós

Se amanhã o sol não brilhar
paciência
 as nuvens também tem seu brilho!

domingo, 30 de janeiro de 2011

SINFONIA DE BEIJOS

                   




DOs teus beijos ardentes
REcordo o gosto quente
MInha boca se abre novamente
FAminta de saudades
SOLta em pensamentos lascivos
LAtente, ardente vontade
SIgo, persigo e consigo
DOs teus beijos quentes provar novamente.





                                                                




                                                                                   



quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

 
AINDA SOU AQUELA MENINA


As palavras ecoam
por toda parte
transpiram no papel
marcas de batom
dos beijos roubados
do amor iluminante
da poesia...
que exala sentimentos
dos passos poéticos
da paixão
da tinta
pelo papel!

25/07/10

Encanto

Domingo à noite,
a lua no céu espantou a chuva
e a poesia veio ao meu encontro!



terça-feira, 25 de janeiro de 2011


Amor especial

Quando pinta a inspiração
poesia também se faz
com tinta e pincel!


DESENHO: VNEY









Utopia do amor!


Olha lá uma estrela cadente!
Faço um pedido silente
...
Penso no nome da gente
Canto alegremente
A noite parece mais quente
A vontade se torna urgente
A lua sorri atraente
O céu se torna luzente
E eu espero por um novo poente
Só pra te sentir novamente!


imagem google

domingo, 23 de janeiro de 2011

google imagens


AMOR A DOIS

Parei de pensar nesse amor impar
Quero do meu lado
Alguém que me dê a mão!




domingo, 2 de janeiro de 2011

OUTRO DIA EU TE VI NA RUA



O mesmo cabelo esvoaçante
Aquela mecha mais clara Ainda caia emoldurando teu rosto
Pude sentir teu perfume
Envolvendo meus sentidos
Entorpecendo meu pensamento
Tuas mãos dançando
Ao som dos teus passos
Cantavam em sinfonia
Nosso primeiro olhar
Imagético
Pintando toda a beleza
Que envolve a paixão
O vento brinca com aquela mecha
Tua mão a joga para trás
Deixando ver teus olhos
De ainda menino na praça
Que se esconde
E se mostra
E imagina ser grande
Teus pés pulam uma poça
Pés que dançam nos ladrilhos coloridos
E vão deslizando
Como anjos entre nuvens
Nuvens doces de algodão
Rosa azul amarelo
Lembranças de infância
Que desenham o futuro no ar
E o futuro na esquina do tempo
Para um instante
E nesse instante
O mais lindo arco-íris
Em estesia
Beija nossos rostos
Num sopro matizado!










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