Translation

English French German Spain Italian Dutch
Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified
By Ferramentas Blog

domingo, 26 de dezembro de 2010

PALAVRAS POESIA

google imagens

Tentei falar
muda...
Tentei escrever
tremores...
Tentei lembrar
aminésia...
Tentei sentir
dormência...
Tentei ouvir
surda...
Tentei chorar
seca...
Tentei sorrir
tristeza...
Tentei ver
breu...
Tentei teu nome
...

Onde estás?
Eu que sempre fui tua...
E, hoje foges de mim...
Volta pra minha'alma
POESIA!

Lilian Pool

http://recantodasletras.uol.com.br/autores/lilianpool

sábado, 25 de setembro de 2010

Fábrica de sonhos...



Fábrica de sonhos...


Acordava sempre muito cedo. A madrugada ainda fria tinha por companhia a lua e as estrelas. E, Lucy e sua bicicleta. Andava pelas ruas nuas cantarolando baixinho, e todos dormiam ainda. Cada dia era uma nova canção que a acompanhava sempre no ritmo das pedaladas. Era a primeira a chegar na confeitaria, abria cuidadosamente a porta de vidro colorido e ia dando bom dia a tudo que estava por ali, porque naquele momento todas as coisas criavam vida. Mas só entre o adormecer da lua e o despertar do sol. Logo, logo, outras pessoas iam chegando, cada uma tomando seu lugar para deixar tudo pronto e deliciosamente preparado para os primeiros clientes do dia. A essa altura Lucy já tinha separado ingredientes, açúcar em lindas porcelanas brancas, manteiga sempre dividida em pequenas porções delicadamente dispostas sobre um prato com flores decoradas em sua borda, fermento em pequenos potinhos de vidro colorido, leite levemente amornado em uma linda jarra que sua avó já usava muito antes de Lucy nascer, e a farinha em uma grande tigela transparente, onde depois ela misturava tudo, cada ingrediente ao seu tempo. E logo cedo o perfume delicado de seus sonhos invadiam a confeitaria toda, saiam pela porta e passeavam pelas ruas, agora cheia de cores. Ninguém sabia por que aqueles sonhos faziam tanto sucesso, eram tão gostosos, macios por dentro, com um recheio doce e frutal que enchiam os olhos e os paladares. Mas Lucy lembrava muito bem quando pela primeira vez em que foi com sua avó até a cozinha da confeitaria e lá aprendeu o mais valioso dos segredos. "Sonhe, Lucy, sonhe com as coisas mais lindas que você puder imaginar, que o sabor do seu pensamento vai inundar de sabores os sonhos de farinha e açúcar. Deixe-se voar nas asas de um alazão, pule amarelinha com as estrelas, beije demoradamente a lua, brinque de roda com as flores, deite-se sob o sol e fique olhando as nuvens, soprando-as de um lado para o outro."

Mas Lucy nunca contou para ninguém, até por que talvez achassem que estaria louca, ou que inventara aquilo para não contar qual o ingrediente secreto de suas receitas, mas não importava, porque agora poderia passar adiante o valioso segredo de família, muito em breve Marry também aprenderia a sonhar e a fazer sonhos.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010



CAMPEÃO DA AMÉRICA

2010




PRECISA DIZER MAIS...

O espelho

Sempre que passo em frente ao espelho,
sorrio,
e ele, de lá,  pra mim!

AMOR SEM RASCUNHOS

AMOR SEM RASCUNHOS


Venho escrevendo esse nosso amor
e cada dia tem uma novidade.
Ontem mesmo me peguei
pensando em você
em pleno dia de trabalho
ficou tudo tão mais lindo
e o sol até voltou a brilhar
um arco-iris veio me brindar
meu coração querendo disparar
e nesse galope pude te encontrar.
Senti aquele beijo
cheio de desejo
tua boca, ah! essa boca
sabe como me provocar
e me recita poesia
e sussurra em meu ouvido
a vontade de me amar.
O pensamento encontra o tempo
e faz ele se apressar
vai mais depressa
que eu tenho pressa
urgência em te encontrar
pois hoje é mais um dia
pra gente se amar!

18/08/10

terça-feira, 17 de agosto de 2010

VESTIDO BRANCO


Mahi sentou-se ali mesmo no segundo degrau, ofegante. Ainda trazia o sorriso estampado em seu rosto e os olhares perplexos. Nunca correra tanto. Lembrou o que tinha perdido, as festas com a turma, namorar muito, beijar mais ainda, ir ao cinema só para curtir sozinha uma tarde de domingo, ir para a pizzaria e esticar numa boate até amanhecer, e... Tudo o que teria perdido, se tivesse dito Sim.

domingo, 15 de agosto de 2010

PEDRAS NA BOLSA


Dentro da bolsa tinha uma pedra
tinha uma pedra dentro da bolsa
tinha uma pedra
dentro da bolsa tinha uma pedra.


Nunca me esquecerei desse acontecimento
nas sedas de minhas bolsas tão pesadas.
Nunca me esquecerei que dentro da bolsa
tinha uma pedra
tinha uma pedra dentro da bolsa
dentro da bolsa tinha uma pedra.


E o sujeito de touca ninja nem sabe o que lhe aconteceu.

Microconto - ADEUS

ADEUS

Subiu as escadas pulando degraus. Chegou no alto. De repente o chão.


sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Cuidado! Rua interditada


Era um corre-corre danado,  gente para tudo que é lado,  uns gritando o que ninguém ouvia,  outros ouvindo o que ninguém falava.  As folhas das árvores iam e vinham ao sabor do vento que as empurravam para todo lado.  Sem direção, e como elas tantos outros também assim se encontravam.  Atônitos.  O trânsito aquela altura estava infernal,  as buzinas tocavam uma sinfonia desafinada e sem regras,  ouviam-se choros e cala-bocas,  um ônibus lotado,  gente se espremendo até a janela,  olhos arregalados diante do inesperado.  De repente, o mundo todo parou,  pelo menos aquela parte do mundo,  ninguém respirava,  nem mesmo um suspiro. Alheio a tudo,  aqueles cabelos loiros,  pernas ainda cambaleantes,  uma mãozinha que ainda trazia pureza,  um sinal de PARE,  diante do monstro metálico carregado de pernas e braços e algumas cabeças, abaixa-se e pega pelo cangote seu fiel amigo e tira-o dali com a coragem de um bravo guerreiro salvando-o das garras mortais do inimigo que quase o separa de seu companheiro de aventuras.  Sobe a calçada e como quem tem a simplicidade da vida acena com a mão,  e tudo volta ao normal.



Lilian Pool

13/08/10

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

TALVEZ NAS FÉRIAS


Tem dias que a gente nem sabe se já acordou de verdade.

Fica a sensação de estar ainda sonhando, e não se quer ouvir o toque do celular chamando pra levantar, tá na hora de começar o dia, tanta coisa pra fazer, uma conta pra pagar, o chefe pra enfrentar, levar às crianças pra escola, o trânsito infernal,
no banco de trás empurra-empurra, e já começa a chover...

Dá uma vontade de fechar os olhos e voltar para aquele sonho em que a gente pode voar, alto, mais alto que as nuvens, e ver tudo tão pequenininho, pontinhos coloridos num vai e vem, e a gente lá deslizando nas ondas do vento.

Às vezes é preciso se permitir um devaneio acordada, rir de uma bobagem qualquer,
daquela piada sem graça, chorar vendo pela quinta vez o mesmo filme romântico que a gente já sabe o final, e se imagina no lugar, sair de tênis e camiseta e não estar nem aí, deitar na grama e ficar olhando as nuvens passearem no céu, andar na areia da praia descalço, tomar um banho bem quente e cantar desafinado, beijar longamente o nosso amor, abraçar, dizer Te Amo, telefonar para aquela amiga que a gente não vê faz tempo, e ...

E simplesmente viver!



Retorno às aulas do Mestrado!

segunda-feira, 26 de julho de 2010



DOMINGO INSANO


Às vezes, nesses dias de domingo, dá uma vontade tremenda de dar um tiro no sol pra ver se ele se recolhe mais cedo e me deixa dormir minha ansiedade. Não que eu queira que chegue logo a segunda-feira, isso é pior ainda... O que me irrita é um dia inteiro de marasmo, e na TV a mesma novela, nada muda, e, eu mudando do sofá para a cama e vice-versa. Pego um livro pra ler, mas não entendo o que tá escrito, parece ser grego ou outro idioma desconhecido, as palavras dançam como que rindo da minha agonia dominical. Fecho depressa o livro e prendo todos lá dentro, letras, frases, pontos e tudo o mais. E rio deles, agora sou eu quem dá risadas. Claro que sempre tenho o que fazer, mas nada que eu queira, arrumar as gavetas, lavar a louça que tá na pia desde a manhã, tirar as roupas da máquina, segunda tenho que lavar tudo de novo, fazer o quê! E lá vou eu tentando sobreviver ao domingo, os vizinhos enfiados em seus próprios sentimentos, talvez iguais aos meus, ou quem sabe pior, acho até que me consola um pouco, é eu sei que não é bonito esse pensar, mas sou humana e tenho direito a um pouco de perversidade, afinal há tanta por aí... Tá certo não é desculpa, prometo que vou mudar, mas não hoje. Acendo o fogo, ponho água pra esquentar, preparo um café bem forte, despejo fumegante na xícara, o aroma invade minhas narinas, cheiro bom, duas colherinhas de açúcar e uma caixa de bombons, sorvo cada gole, saboreio lentamente o doce sabor, tudo muito lentamente. O danado do relógio parece não cooperar comigo, os minutos são horas torturantes, um sorriso malicioso se forma nos ponteiros, fica me olhando e sorrindo, tique-taque, tique-taque... Volto pra sala, sento na minha poltrona, uma poltrona vermelho quase carmim, que comprei numa liquidação, final de estoque ou coisa parecida, pego de novo o livro que estava tentando ler, mas é só segurá-lo que já escuto uns pequenos grunhidos satíricos, ainda continuam a rir lá dentro, como podem achar tanta graça assim, e justo num domingo, viro o livro de cabeça pra baixo só de vingança e o deixo ali, de castigo, na minha poltrona. Só me resta agora tomar um banho, ligo o chuveiro, a água quente cai generosa, tilinta quando cai no piso, vai embaçando todo o banheiro um cheiro bom, perfumado, vai invadindo a pele e sensações pairam no ar... A noite finalmente chega pra adormecer meu sono, me embalar em sonhos e me lembrar que amanhã é segunda-feira, e que só faltam sete dias pro domingo chegar outra vez.


Publicado em Recanto das Letras
Lilian Pool - 02/05/10
Coincidentemente um domingo...

domingo, 25 de julho de 2010

SONHO ERÓTICO


SONHO ERÓTICO



Sonho contigo toda noite
Nossos melhores momentos
De paixão lasciva
Entrelaçam nossos corpos
Que se desnudam de prazer!

Me beijas os ombros
Os seios e as coxas
Me pegas de lado
Me viras do avesso
Nesse balé devasso!

Usa e abusa meu corpo
Que teu não se nega
se entrega desregrado
como escrava desse amor!

Esse amor libidinoso
Essa paixão tão carnal
Volúpia de mulher insana
Nesse sonho imoral...

25/07/10

sábado, 24 de julho de 2010

O MENINO DO PIJAMA LISTRADO

Autor desse livro, John Boyne, nasceu em Dublin, capital da Irlanda, em 1971. Este livro foi escrito em apenas dois dias e meio. É surpreendente, é maravilhoso, intenso, perturbador. Depois que se começa a ler não se quer mais largar o livro. E não se consegue tirar do pensamento as imagens criadas pela narrativa do autor. Leiam o livro antes de ver o filme. O final é emocionante! Uma lição de vida!
Para saber mais sobre o autor acesse o site: www.johnboyne.com
Boa leitura...

quarta-feira, 17 de março de 2010

Saudade

Não sinto mais saudades
Tudo que foi passado
Hoje são recordações
Não sinto mais saudades
Tenho boas lembranças
As más eu deletei
Se foram junto com a dor
Não sinto mais saudades
Nem do passado
Nem do futuro
E o presente ainda to vivendo
Não sinto saudades dos velhos tempos
Não sinto saudades de quem se foi
Não sinto mais saudades
Mas adoro as boas lembranças.

terça-feira, 16 de março de 2010

POESIAS

Liberdade

Hoje desatei o último nó
Estou solta
Como uma pandorga que se desprendeu
E saiu voando
Sem olhar pra lado nenhum
Apenas voou.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...