Olha aí meu amigo, minha amiga, tem uns ocos, uns vazios, umas iluminuras, outras molduras, desventuras, (des)amores, saudades, o tudo e o nada, o vento, as margaridas e os girassóis, nessas tessituras que percorrem linhas desavisadas!
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
Exílio
Morro dentro de mim
desde o dia em que nasci
o sol que habita meus olhos
é turvo e esquivo
como é a sombra da pedra
que não se comove
com o beijo do mar.
Morro dentro de mim
porque só te vejo
de partida
teu dorso é sempre adeus
incompreendido
e infinito
no dorso de um pássaro cego.
Morro dentro de mim
e lambo minhas feridas
na ânsia de sentir teu gosto
de saber tua boca
flambados de insultos
que me açoitam
como um gozo
que nunca acaba.
Morro dentro de mim
só assim eu vivo.
domingo, 2 de novembro de 2014
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