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By Ferramentas Blog

sexta-feira, 14 de novembro de 2014


Exílio

Morro dentro de mim
desde o dia em que nasci
o sol que habita meus olhos
é turvo e esquivo
como é a sombra da pedra 
que não se comove
com o beijo do mar.

Morro dentro de mim
porque só te vejo
de partida
teu dorso é sempre adeus
incompreendido
e infinito 
no dorso de um pássaro cego.

Morro dentro de mim
e lambo minhas feridas
na ânsia de sentir teu gosto
de saber tua boca
flambados de insultos
que me açoitam
como um gozo
que nunca acaba.

Morro dentro de mim
só assim eu vivo.


domingo, 2 de novembro de 2014

Tua boca colada
À minha
Teus sons
Negros
Brancos
Vermelhos
Tua pele
Brilhante
Dourada
Te toco
Sinto teus tremores
Teus rugidos
Teus arrulhos
Teus breves silêncios
Notas cítricas
Cintilâncias
Fulgores
No desejo ardente
No êxtase do beijo

Te toco mais intensa!
Teu corpo
Águia de metal
Penetra a carne
O corte rente
Decepa
Mutila
Líquido
Morno
Sangra
Desvanece.

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