Que o meu desejo
Seja o chão que tu pisas
Se é assim que posso te ter
Que o meu silêncio
Seja grito na tua boca
De insanidades
Que a minha dor
Se deite em teus braços
Que ignoram a flor
Que os meus olhos
Tateiem os vazios
Que tua alma busca
Que eu te queira
Nas cinzas do que sobrou
Do amanhã
Que eu seja apenas
Esse infinito
Que buscas na escuridão
E que a minha busca
Constante e absurda
Deite-se num jardim
Onde formigas e
Joaninhas
Passeiem livremente
Enquanto espero por ti.
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