Já não sinto mais o frio do aço
desfaço essa cicatriz
esse rótulo
serifas apunhalando
como soldados postos
à espera da morte
os vestígios do meu passado.
Tudo é invólucro
resistente ao tempo
negando a vida.
E o frio do aço
bebe o sangue quente
úmido
cheio de vida ainda viva
bebe devagar
deixando escorrer
algumas gotas
manchando o tapete
de fios e tramas
enquanto adormeço.
Nenhum comentário:
Postar um comentário