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By Ferramentas Blog

sexta-feira, 8 de agosto de 2014


Livros no quintal de minha alma

inspirado na canção Livros no quintal
de Vitor Ramil

 Quero ir embora, pode ser pra Passárgada, eu, diferente daquele, nem conheço o rei, pouco importa, qualquer lugar é melhor que aqui. Eu não fui feliz, caminhei e só encontrei pedras no meio do caminho, e os meus vestidos nunca tiveram campânulas vermelhas à ponta de longas hastes delicadas. Nunca fui ao aniversário da minha vó, tenho ciúmes de Clarice, ela sabia como divertir-se nos aniversários. Também nunca tive um teto só meu, vejam vocês, se isso já não é motivo pra querer partir. Vi Dionísio poucas vezes, o amava tanto, mas ele, ah! Ele só tinha olhos para Ariadne. E eu, nunca tive esse tal amor eterno, nem infinito, e já cansei de rir meu riso e chorar meu pranto. Também não sei tricotar, podia ser como aquela mulher, não lembro o nome agora, mas ela fazia e desfazia sua linda colcha à espera do amado, eu nem tenho por quem esperar. Às vezes me parece que se passaram cem anos, cem anos de pura solidão. Minha casa agora está cheia de espíritos, todos vingativos, me espiando e esperando que chegue o meu fim. E eu, nem conheci o mar. E nunca tive um anjo a me acolher, nem torto nem esbelto. Que triste sina. Olho as palavras temporárias e duradouras, disputando o mesmo espaço. Eu queria partir agora mesmo, de solas e asas, sair por aí, ouvindo as histórias do pato fáustico, e ouvindo in the sky. Mas, aí vem alguém minicontando coisas que eu não sei ouvir, e ainda não posso partir, ligo o rádio, está tocando há quem diga que não era aquela música, que estranho, a letra é envolvente, olho pra parede do quarto, no pôster já meio rasgado, um retrato do artista quado guri e a letra da música ao lado. Lembro de um amigo, ele adora uma tal capitu e seus olhos de cigana oblíqua. Por isso vale a pena viver, mas eu, ainda vivo só. E às vezes, quando me esqueço e me olho no espelho, não me reconheço, eu não tinha esse rosto de hoje, sem viço sem brilho sem vontade, perdi meu espelho de juventude e com ele meu olhar de futuro.
Olhem, são libélulas, que lindas, esse é o meu caminho. Até breve.

Lilian  

quinta-feira, 7 de agosto de 2014



Olhem esses homens ávidos
por bicos de seios
os olhos ocos virados
pro céu de maio
as mãos tateando o escuro
sentindo o frio da noite
não se sabem hirtos
perdidos na ausência 
separados pelo muro 
da saudade mais intensa.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Aconteceu, então...

André escreveu para Andreia
que escreveu para Cristiano
que escreveu para Daniella
que escreveu para Daniel
que escreveu para Gabriely
que escreveu para Diogo
que escreveu para Joselma
que escreveu para Giliard
que escreveu para Suellen
que escreveu para Luciano
que escreveu para Tammie
que escreveu para Paulo
que escreveu para Vanessa
que escreveu para Volmar
que escreveu para Lilian

que não escreveu para ninguém, porque foi ao casamento de J. P. F.
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